2 de out. de 2009

red door.


Sentada na frente daquele portão que marcou MINHA vida.
OBSERVO.
Percebo que teu carro preto não vai mais passar por aqui, tão pouco parar pra me encontrar. Olhando as ruas que sei que você passou e passa; tento te encontrar. Encontrar um vestígio seu. Aquela loja de instrumentos musicais, em frente ao lugar que você tocava sua bateria.
Já citei que odeio baterias ? Sim, perdi o encanto pelo instrumento que imita o coração. Pra que gostar de algo que imita enquanto não quero lembrar que existe ?
É, sentada em frente à esse portão vinho enferrujado posso ver que você não vem mesmo.
E que daqui algumas horas vai beber em qualquer bar, e beijar qualquer garota. Isso já não significa muita coisa pra você, não é ? Você vai beijar qualquer garota que odeie teu jeito, teu cabelo, teus olhos, que ache idiota tudo o que você faz. Mas afinal ela gostou dos teus patins pretos. Aqueles que eu odeio!
Sabe quem gosta de tudo em você?
A safada, emo, lésbica e inútil, e esses, segundo você são teus apelidos carinhosos pra mim.

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